despe-se à noite, ela, de toda sua vaidade
tira em peça por peça, um pouco de sua coragem
o mar à sua frente espera o contato
para envolver-lhe depois de dias fartos
nua, ela caminha em direção a ele, atenta
se alguém a visse ali, do modo, berraria: Sedenta!
ele, resplandece de felicidade, ansioso
joga seus braços molhados, puxando-a, sinuoso
entra no mar nu, sem pudor algum
e o mar aos poucos mata seu jejum
banha lancinante, cachonda
sente entre suas pernas a forte onda
o contato fez o mar espumar de satisfação
e do prazer ofegante a calma respiração
da exasperação fez-se o terno
e a lua testemunhou um amor eterno.
Carlos Ant.
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