CONTINUAÇÃO DO TEXTO "Ricardo e seus problemas do mundo adulto (+18) - Parte I"
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Fiquei ali deitado olhando para o teto entorno da escuridão por mais alguns minutos. Pasmo, descompassado, sentindo o sangue correr por minhas veias dilatadas e com o músculo já flácido e melado. Não pensei mais em nada a não ser o motivo pelo qual ela me chamou para aquilo e porque não estava abraçada comigo como fazia antes; mas a verdade, é que eu, pela primeira vez, estava satisfeito demais para me preocupar com ela, deixei de lado meu ego-altruísta para descansar sobre o meu gozo. E é sempre de lei depois de uma foda, bater aquela vontade de mijar. Sai do quarto enquanto ela estava lá, como sempre, em seu egoismo curtindo o próprio gozo. Acho que nem viu quando eu vesti minha calça colocando a cueca em meu bolso e saindo do quarto com a jaqueta em meu ombro, ou melhor, prefiro acreditar que não viu. Ao sair do banheiro, resolvi sair de sua casa também, assim como ela saiu da minha vida. Sem respostas e sem beijo na testa.
Cheguei em casa e capotei em minha cama, porque, é sempre de lei depois de uma foda, sentir uma puta vontade de dormir. Acordei e quase perdi a hora do trabalho, fiz cocô, tomei um banho rápido e me vestir enquanto corria em direção a garagem para me locomover a labuta.
Acordei tão atrasado que já não adiantava correr para ir ao trabalho. Me levantei, cocei minha barba e senti o cheiro de sua boceta impregnado em meus pelos, que ao friccionar com minhas unhas, exalou o ultimo momento que ela foi minha de verdade. Me direcionei ao banheiro para mijar e ao tirar meu pau para fora, senti ainda o cheiro de seu ultimo orgasmo misturado com o meu, e minha urina batizando de dourado o ato escatológico nada pudico. Enrijeci instantaneamente em lembrar dela aberta, entregue para mim. Na madrugada de vinte e cinco de julho de 72, onde marcamos para ser a nossa ultima noite e prometemos nunca mais nos ver.
Cheguei em sua casa, não para conversar, mas para fodê-la, e ela, para se aproveitar disto. Fazendo eu acreditar que eu era seu único homem, como quem me pedisse perdão pela como agiu comigo me cedendo seu cio. Me permitiu ela, na noite passada fazer o que eu bem quisesse com seu corpo. E eu acreditei que eu era seu único homem. Nunca havia fodido sem sentimento algum, sem me preocupar com a parceira, sem querer beijar a boca. Inclusive, já havia de ter posto mais sentimento em simples cumprimento matinal em uma segunda-feira chuvosa do que naquela noite. O modo como ela se contorcia para me satisfazer, de quatro, me oferecendo seu cu, suas pregas, seu ato mais depravado, devasso, pervertido. Me senti como se houvessem me entrego um Oscar. Me perdi em meio ao prato suculento e farto, exposto para meu desjejum, me perdi na linha tênue que ligava seu cu e sua boceta. O gemido que ela fez em discrepância sonora com sua respiração, a quem ouvisse, imaginaria um ataque histérico. Eu imaginava a minha satisfação, um nível abaixo do nirvana. Sexo tântrico nunca foi meu forte, mas estava disposto a passar a noite inteira entrando e saindo dela. Ela, nesta noite, não me enforcou, não tapou meus olhos, não apagou a luz, ao contrário, me mostrava sua nudez e seu líquido que babava todo meu pau; lambia seus seios, apertava-os, me oferecia para partilhar daquele gesto sadomasoquista, e eu, enchia minha mão em suas nádegas já marcadas com meus dedos em vermelho enquanto puxava seu cabelo. Pirei ao ouvir ela me xingar, ordenando que a atravessasse, parecíamos uma máquina. Ela deitada na cama de frente a mim e eu em pé em sua frente. No apogeu da foda já lancinante - por segurarmos os dois o gozo - ela se entrega e lança um grito estremecedor que me fez esporrar tudo dentro dela. Inclinei meu corpo e a abracei. Senti sair a ultima gota quando em seu ouvido, ainda ofegante, disse que ainda a amava.
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Carlos Ant.
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