sexta-feira, 20 de março de 2015

trabalho noturno

em meio às caixas
sobre o calor noturno
trabalho árduo
baixas 
tamanho horror

já são quase cinco
as horas dormem
o sol se perdeu
a fome me toma
sem pudor

o salário
não compra
mas paga
me leva
aos poucos
de dor

o braço é forte
mas só o braço
não merece
valor

sorria para o chefe
põe ponto final
guarda o papel
a poesia acabou.

Carlos Ant.

Nenhum comentário:

Postar um comentário