Quando ando pela rua, e quando resolvo distrair-me propositalmente, permitindo-me olhar para as casas com cores estranhas, erros grotescos de português em anúncios de vende-se algo, animais nadando no desgosto do abandono. Deparo-me também, mais corriqueiramente do que tudo, com a quantidade de pedidos de "Não jogue lixo aqui!", como se houvesse a necessidade de orientar que não se deve jogar lixo naquele determinado lugar, desqualificando os outros locais próximos onde habita a aglomeração da mau educação das pessoas que é injustificável.
As vezes também, as próprias placas com os recursos de persuasão com enfoque na palavra "não" em letras evidenciadas, ainda, não é uma garantia. Creio que as placas, cartazes, pichações, dizeres escrito à mão com tinta e pincel devam ser reescrito, trocar o verbo "jogar" pelo "ser" deveria solucionar. Porque a verdade é que existem pessoas tão desprezíveis, tão mesquinhas de convívio social, egoístas, aborígenes de um país pior ainda, que propagam sua ignorância por onde passam, e não fazem mais nada além que deteriorar uma situação já grave.
Pior que jogar lixo em local desapropriado só mesmo sendo o que joga.
O lixo por mais sendo sujo, nojento, infeccioso em alguns casos, tem seu valor para alguns. Quantas recordações da pizza em família, do porta retrato quebrado, da mamadeira abandonada por uma criança que vive uma nova fase são jogado fora? Alguns seres simplesmente não devem ser digno de tal comparação. O lixo nada mais é que o desapego de coisas desnecessárias em sua sobrevivência, e um homem que joga a sua educação em uma sacolinha de supermercado em local indevido, nada mais tem para se orgulhar se não da própria ignorância.
C.A.
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