segunda-feira, 20 de maio de 2013

carência.

Carta diária de um solitário carente do dia 20 de maio
Venho por intermédio desta, afirmar que não morri, não me isolei, não desenvolvi uma depressão ou síndrome do pânico, nem estou ilhado em meus aposentos, mas de qualquer forma, muito obrigado por sua preocupação tamanha, agradeço a todas suas cartas escritas e corrigidas minuciosamente diversas vezes antes de me enviar pelos correios, que por negligência desses novos carteiros, deve ter sido entregue na casa ao lado, não se preocupe, elas já devem ter sido lidas, mas não por mim. Agradeço também aos inúmeros emails que você me destinou todo esse tempo, com toda a magnificência e indicações de filmes que você com certeza fez, mas ao enviar, descuidou e esqueceu-se de alguma letra ou ponto no meu e-mail, o que não foi possível o recebimento dos tais. Tenho a ti gratidão eterna às ligações que me fizeste só para ouvir minha voz, mas que não eram realizadas corretamente por conta do sinal de rede, essas companhias de telefonia estão cada dia mais complicadas e sempre fazem a gente de palhaço! Obrigado pelos sms's que você me mandou, mas que foram barrados por falta de crédito e foram olvidados de serem tentados posteriormente por distração. Obrigado pelas visitas que você me fez, mas pelo horário tardio, e a porta lhe receber sempre fechada, fazia você ficar com receio de chamar por achar que dormia, por fim, reconheço seus esforços por saber como ando, se estou bem, se ainda respiro etc e tal...

Carlos Antônio (Júnior)

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