quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

imatura solidão

sou escravizado por querer demais
as vezes me pego a perguntar: o que eu tenho?
nem sorte, nem azar, nem felicidade, nem vida
não sou possuidor de nada
nem de mim, nem de você
suplico ajuda em sussurros
premeditadamente não sou ouvido

planejo minha ida mais de sete vezes
coragem já não me resta
mas essa vontade é pertinente
então nessa minha velha cama
que em seus ombros me deleitei
choro minha solidão e conto os meus anseios 
finjo não me importar, por ter derramado café
em metade dos meus escritos

ensaio a minha partida
dormindo mais de um dia
acordo e percebo que não fui
com um sorriso imperceptível 
fecho meus olhos, vou embora
viver feliz com o meu subconsciente
no qual eu posso brincar de felicidade.

Carlos A.

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