domingo, 11 de dezembro de 2011

Mudo tudo


Não quero falar de amores, nem de flores
Muito menos dores, quem dirá de anteriores
Só quero curtir a brisa que sopra
Agradecer a Deus pelo que ainda sobra

Daqui por diante não irei me importar
Deixar de cair e aprender a levantar
Pedir ao universo que conspire ao meu favor
Voltarei a falar de amor, flor, dor ou o que quer que for.

                                              Carlos Junior




sábado, 10 de dezembro de 2011

Ego-ismo


As coisas mais lindas eu não escrevo
Eu guardo pra mim, sou egoísta
Não divido com ninguém
Depois eu rasgo, esqueço

Lamento.

                               Carlos Junior

sábado, 5 de novembro de 2011

Amor meu


Ontem/hoje ao seu lado foi mágico
Cada monte de arrepios abriam miragens, passagens
Defronte aos limites n'um desafio não tão trágico
Outro/dia purificamo-nus para uma esterna viagem

Teus lábios beijando-me e cantando mantras de Cazuza
No qual a letra dizia que precisaria dizer que me ama
Um sentimento profundo e meu corpo lambuzara
Loucuras insanas que serão lembradas pela nossa cama.


                                                                          Carlos Júnior

Divina


Todos os homens da cidade a olha
Quando ela passa e se rebola
Derrama a graça e há quem recolha
Da até esmola, seu corpo mola

Por isso o riso
Incontido no sorriso
abundância em seu piso
Cabelo liso

E quando vai embora
Deixa o seu perfume
Fragrância que não demora
Pelo insaciável cardume.

                                                                      Carlos Júnior

Internamente eterno


Eu renuncio-te para que vivas sem mim
Procuro-nos na imensidão do infinito fim
Precipito-me como viria a ser uma dia eterno
Entrego-lhe novamente meu rumo interno.

Carlos Júnior

Desilusão Vulcânica


Parece que quanto mais eu ando, mais eu fico no meio do caminho
Andando seguindo o seu perfume que ficou um pouco antes de você sair
Me consolando nas suas duras palavras pensadas, que serve agora apenas como carinho
E eu não sei mais o que fazer, dormir não adiantaria, talvez resolvesse se eu sumir

Eu não quero ser seu amigo, consolar suas desilusões amorosas não seria legal
Olhar sua boca sem poder beija-la seria anormal, quase que surreal
Ou até mesmo ver você sorrindo nos braços de outro alguém, talvez um inimigo
Deixar você ir e esquecer tudo o que aconteceu seria melhor, tanto pra mim, quanto pra você.

                                        Carlos Junior

Lentamente amor


Amor que chega
Arrebenta a alma
Turbulenta e meiga
Uma longa estrada

Maldição anunciada
Afortunado, bendito seja!
Acordado de madrugada
Percebo que você me beija.

Carlos Júnior


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dádiva do ser

Hoje beijei os lábios teus
Não sei se os lábios teus beijastes os meus
Ou outrora os meus beijaste os teus
Só sei que nossos lábios não pediram adeus.

                                                                      Carlos Júnior




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Com fu (zão)

Só quero que você ouça
Meu amor não acaba aqui
Não vou desistir assim
Quem ama não desiste nem a força

Vou lutar com todos os meus poderes
Exercitar fortemente o dharma
Pular até Deus e pedir a todos os seres
Se não for nessa vida que seja no carma

Meditar, emitir todos os dias
Mantras, pensamentos
Palavras ou mesmo letras
Purificar-me nos sacramentos

Praticar o candomblé 
Oferendarei ao orixá
Bater fortemente o pé
Usar mandingas, patuá

Serei missionário
Rezar eternamente o Rosário
Não faltarei um seminário
Limparei a capela se necessário

Ou saio correndo, e viro islão
Judaísta, budista
Mas não viro ateu
Vou lutar pra eu ser teu.

                                       Carlos Junior









terça-feira, 11 de outubro de 2011

Amadurecimento

Quando o coração amadurece
Descobrimos uma vida perdida
Um rebanho escondido
Felicidade incontida

Sublime e normal
Vivendo em nuvens
Como em um litoral
Fixando vertigens.

Carlos Júnior




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Duvidar-me


Nem quero ficar
Mas também não sei se quero prosseguir
Tenho dúvida das minhas desconfianças
Não entendo, nem sei se quero entender.

                                                                   Carlos Júnior

Todo


Tive hoje um devaneio
Talvez um Déjà vu
Dominou-me o corpo inteiro
O meu e o teu nu. 

                                                         Carlos Júnior

Indo


Sofrendo de tanta esperança
Morrendo de tanto sofrer
Tentando lutar, vivendo mas perdendo
Andando, correndo, caindo e indo
Cansando de uma vida de gerúndios.

                                                                                                   Carlos Júnor

Iracema


Iracema



De encontro com o Mar de Iracema
Encanto-me com um lindo  poema
que um velho se pôs a entoar
Com a anomalia extrema
Daquele lindo poema
 Começei a chorar
Nele dizia que tu logo irias voltar
Que o instante em que sofria
Escutando a melodia
Logo iria acabar  
Matheus Linhares

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Rabiscos



Tem dias que nem agua gelada passa a angustia
Tem dias que nem chocolate na panela, ou pipoca com filme
Tem dias que qualquer coisa por mais pura nos afunda
Tem dias que descubro a verdade nos olhos das pessoas
Tem dias que passam rápido, e dias que nem passam
Tem dias que eu ouço pela porta o que as pessoas pensam
Tem dias que eu esqueço pra onde eu ia, e não vou mais
Tem dias que ficar ou correr não adianta, pois o bicho vai estar sempre lá
Tem dias que esperamos o inesperável, ou o impossível
Tem dias que sorrir nem sempre é a melhor solução, ou é!
Tem dias que nem muitos dias curam alguns dias
Tem dias que nem parecem dias
Tem dias que eu procuro o que eu mais queria perder
Tem dias que morro só pra como fênix renascer das cinzas
Tem dias que eu minto, e dias que falo a verdade mentindo
Tem dias que nada nos faz rir
Tem dias que eu evito muitos dias.

                                                                                           Carlos Júnior

Perdido em mim


Estou no estado contrário a razão
Sofrendo sorrindo tentando me enganar
Disfarçando para mim e pra Deus, me iludindo
Em uma falsa fantasia a me ocultar
Rompendo de fato toda auto-indagação

Chorando baixo, para nem eu mesmo ouvir
Iludido com o contradição das palavras não ditas
Fazendo espirais comigo mesmo, fora de si, fora de mim
Misturei  minha vida em meio a bandos
Nas quais se foram como um carrossel a partir 

Adequado a uma inópia divergência
Deveras queria eu?
Ou teria sido apenas inocência?
Faria tudo de novo, ou só faria o nada
Para mais uma vez não me perder em mim.


                                                                                                                    Carlos Júnior

sexta-feira, 29 de abril de 2011

As voltas que a vida nem dá.


Prefiro acreditar que tudo foi uma mentira, tentarei à diante pensar que tudo foi um sonho, logo porque TUDO FOI MESMO UM SONHO, uma imaginação fértil, uma tentativa errada ou errante, um jogo onde só eu jogava e não recebia as cartas, eu jogava sozinho e nunca ganhava, seguia os passos e rotas do que eu achava que viria a ser meu, eu queria você e nada mais além de você. Queria te amar sem descanso, queria que fosses a minha razão, a minha paz, a minha eterna paixão, MAS NÃO, e isso dói, dói, dói, e todos os sinônimos de rasgar, cortar, Dilacerar, despedaçar. 
Espero tudo mudar, mas estou/estava ciente que nada vai se mover, espero que tudo se transforme, transmute e mude, para que ai sim possa viver em paz contigo. Mas você não se preocupa e dança se lança nos braços de outros.
Queria não ter essa doença, AMOR.
Foda-se o amor, viva o amor.

domingo, 24 de abril de 2011

Sem o seu amor


Me afogo no vazio que você me deixou
E que você nem se quer notou
Nem se quer me olhou
Nem sequer sorriu
E saiu

Como um medigo me deixou
Sem o seu olhar, sem o seu sorrir
Sem o seu amor
Com o seu partir
Comigo e só comigo mesmo

Procuro um espaço pra tanto vazio
E agora depois de tudo que você falou
permaneço sem o seu sorrir
Sem o seu olhar
Sem o seu amor.

                                                                                          Carlos Júnior

Bêbado


Tento ficar sóbrio ainda
Mas não consigo
Mediante tanta bebida
Mediante tantos amigos

Flutuo entre as nuvens
Que criei em meu quarto
Junto todas as virgens
Sem querer me farto

Nado na margem do rio
Eu rio
No navio
Do meu rio

Fujo dos espectros 
Me escondo
Me acho mais supérfluo
Sem querer caio

Levanto e ando
Cadê o chão?
Cadê meu manto?
Nem me domino
Nem eu escapo.

                                                                                          Carlos Júnior


Reflexo


Quero me perder pra nunca mais me encontrar
Sendo dentro de tí
Sendo dentro do mar...

Queria te beijar até o dia raiar
Fui feito pra tí
Você pra me amar...

Queria calar o teu mundo e teu mundo parar
Meu mundo sem tí
Não dá pra morar...

Queria na tua alma tocar
Viver só pra tí
Viver de te olhar...

Queria na banda do Chico tocar
A banda pra tí
Que acabou de passar...

Mas na janela cê tava olhando o luar
Que refletia em tí
Que refletia no mar...  
                                                                                      
                                                                             Carlos Júnior                                                                                    
                                                                             

Cinzento céu


O meu amor eu mesmo invento
Crio, recrio, acabo e me perco
As vezes vejo meu céu cinzento
E sobrevivo no meu desalento
Criado, recriado, acabado e perdido
                                                                 Por mim mesmo sustento.                                                                                           
                                                                                      
                                                                             Carlos Júnior


sexta-feira, 18 de março de 2011

Mudança drástica


Todo dia ela acorda as seis e lembra da filha
Seu olhar ainda traz a mágoa de muitos anos 
No seu coração partido sua estrela quase sem força ainda brilha
Ela partiu e deixou sua familia em meio aos prantos

Era apaixonada e não era correspondida
Abriu o armário do pai e pegou uma arma  38 
Colocou a cama na porta e pensa em acabar com sua vida
O revolver falha, e na segunda acerta sua cabeça, tinha apenas dezoito

Seu irmão no quarto não escuta o tiro, ouvia um rock ensurdecedor 
Porém seus vizinhos ouvem, e correm para saber o que acontecera ali
Todos a base do desespero arrancam a porta da parede, e o que veria não seria confortador
Estirada no chão do seu quarto estava liberta da dor do amor 
                                                                                      [no qual não encontrara dali

O quarto permanece do mesmo modo que estava, na minuciosidade
A espera de uma volta milagrosa, ignora e segue sua trilha
Sofre todo dia sem preencher o vazio do acontecimento sem nenhuma sociabilidade
Até hoje a velha senhora varre ruas as seis da matina marcada com a mesma dor do
                                                                                             [amor não correspondido da filha                                                                                                                                                                                                    
                                                                                       

                                                                                              Carlos Júnior

             

quarta-feira, 9 de março de 2011

Segundo a Winkipédia


A aflição é um sentimento de agonia, sofrimento intenso, preocupação ou desassossego por alguma causa ou coisa em que vá afetar a nossa vida direta, ou indiretamente.

Aflição é ainda a sensação de que algo "não está certo", ou de que alguma coisa errada ou traumática possa acontecer.

SEGUNDO EU:
Aflição é algo que dá na gente quando nós queremos estar perto de algo no qual
nós nos sentimos bem e sabemos que nada e ninguém pode suprir esse vazio.

Ou medo intenso de fazer algo, na qual prejudique outra pessoa, MAS é
claro que como todo sentimento isso muda de pessoa pra pessoa, de
caráter pra caráter.

Ou então pode ser exatamente isso > WIKIPÉDIA.

                                                                                          Carlos Júnior

sexta-feira, 4 de março de 2011

Elementar

        

Quando a raiva domina o meu corpo
E ela possui o meu ser me zanga
Parece que toda a ira me persegue
E o mundo dito substancial me aborrece
Junto com essa gente careta consegue 
Me levar a fúria consumada
Que por pouco se inflama em brasa
Conseguindo chegar a tal ponto
De implodir como uma bomba programada
E a sanha sem destino me encontra
Para mais uma mandinga de cabôco
Tentando acabar com tua vida
Me vingo por cinco e me vejo sem abrigo
E aceito que nada passou de um declínio.
                                                                                              
                                                                                          Carlos Júnior

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Flutuo


Estou preso a imensidão do seu sorriso
Sorriso metálico no qual resplandece o meu dia
E eu me sinto como se estivesse a flutuar
Picos de alegria e realidade monótona
Contemplo tua chegada
E morro na tua saida
Mas desperto na manhã seguinte
Por você, para poder viver
Na dimensão que estamos, eu e você  
Na mesma realidade abstrata
Da prisão do teu sorriso
Que me liberta para uma vida distante
Procurada a muito tempo pela minha alma
Dificuldade de explicação e compreendimento
Nas explicações de um holocausto desentendimento
Instalados na minha cabeça
E só na minha cabeça ficará.

                                                                                          Carlos Júnior

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morte


Aqui está escuro 
Estou perdido e ninguém segura minha mão 
Não vejo nada está tudo oculto 
Não vejo se quer um botão 

Sinto-me perdido em um labirinto com apenas uma saída 
Minhas mãos estão frias 
Aqui está frio 
Sinto-me só, uma passagem só de ida 

Há dois caminhos, duas portas 
Consigo ver um relógio 2 minutos para eu escolher 
Estou em dúvida 
Não sei, posso me arrepender 

Vou me jogar, vou me atirar 
E ninguém vem me buscar! 
Cadê as pessoas? Cadê o que eu não sei? 
Lamento não ter tentado ficar...

                                                                                          Carlos Júnior


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nada serei



Ainda que eu seja mais maduro a ponto de apodrecer
Ainda que eu esteja apaixonado a ponto de enobrecer
Ainda que eu fale a língua dos anjos a ponto de me converter
Ainda que eu encha o meu coração a ponto de alvorecer
Ainda que eu trabalhe 84 horas por dia a ponto de enriquecer
Ainda que eu compre todos os chocolates do mundo a ponto de te entender
Ainda que eu faça um trato com Deus a ponto de nunca morrer
Ainda que eu lembre de toda minha vida a ponto de me esquecer
Ainda que eu cante as mais belas músicas a ponto de me padecer
Ainda que eu pule mais alto que a lua a ponto de não temer
Ainda que fique o mais lúcido possível a ponto de enlouquecer
Ainda que eu nade pelado no frio a ponto de não tremer
Ainda que eu troveje todo o céu a ponto de não chover
Ainda que eu construa o Cristo Redentor a ponto de ele erguer 
Ainda que eu navegue os sete mares a ponto de conhecer
Sem amor, eu nada vou ser. 

                                                                                          Carlos Júnior

Complexo da vida



Tudo muda
E a vida surda
Que não me escuta
Quando na luta 
Me empurra
Em uma disputa
Toda injusta
E sem conduta
Como uma puta
E vagabunda
Me usa
E quando surta
Tudo muda.


                                                                                          Carlos Júnior


Ainda aqui



O calor me dá frio
O frio me dá calor
Não entendo a minha vida
Acho que isso é amor

Te vejo e tremo
Só te peço um favor
Te afastas de mim
Por que dizem que isso é amor

Não quero sofrer
Nem chorar de dor
De toda maneira
Nem que se fosse amor

A noite nem durmo
De dia é só me recompor
Para mais uma vez
Te dizer meu amor

Que minha vida
Graças ao nosso Senhor
Não teria sentido
Sem o teu amor.


                                                                                          Carlos Júnior

Passar e voltar



Sinto agora
Uma enorme vontade
De pegar meu carro
E passar por sua cabeça

Mas não adianta só passar
Preciso bem mais que isso
Preciso passar e voltar
Não só uma ou duas vezes

Que é pra raiva passar
Que nem meu carro
Passar e voltar
Sem me preocupar

Passar e voltar
Com toda minha raiva
Para poder não voltar
Assim pra casa.


                                                                                          Carlos Júnior

Confusões



Procuro o chão
Me sinto só
Eu e você, e eu apenas só
A dura tragédia, e eu digo não
Confundo a vida, na palma da mão

Faço barulho, e fico queto
Ninguém me olha, moro em um deserto
Tento fingir que estou bem
Eu tô bem
Mal

E nessas palavras 
Me expresso
Minha alma baixa ou alta
Não me escuto, apenas o eco
De algo que sinto falta

Fujo, corro, estou parado
Minhas pernas não me obedecem
Como uma viagem
Sem passaporte
Nem bagagem.


                                                                                          Carlos Júnior