domingo, 24 de abril de 2011

Bêbado


Tento ficar sóbrio ainda
Mas não consigo
Mediante tanta bebida
Mediante tantos amigos

Flutuo entre as nuvens
Que criei em meu quarto
Junto todas as virgens
Sem querer me farto

Nado na margem do rio
Eu rio
No navio
Do meu rio

Fujo dos espectros 
Me escondo
Me acho mais supérfluo
Sem querer caio

Levanto e ando
Cadê o chão?
Cadê meu manto?
Nem me domino
Nem eu escapo.

                                                                                          Carlos Júnior


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