quarta-feira, 16 de outubro de 2013

poema errado

nessa métrica imperfeita
desse poema sem vida
o que a princípio seria
despretendida de rima
já não faço mais nada
além de te dizer querida
que de tinta sujo minhas mãos
e de tristeza toda uma vida

nesses versos sem rumo
desse poema inacabado
o que a principio seria
nada além de um emaranhado
já uso como confidência
pra livrar-me de tanto pecado
que sem mesmo perceber
já estou tão acostumado

nessas estrofes petulantes
desse poema teimoso
o que a princípio seria
digno de tamanho desgosto
o que eu ponho pra fora
é o que me desce no rosto
e o que eu ponho pra dentro
é esse poema um tanto torto.

Carlos Antônio

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