sexta-feira, 6 de janeiro de 2012




Vivia de lembrança
Vivia a lembrar
De um amor de criança
De um amor de sangrar

Se isolava no canto
Se isolava do mundo
Não lhe dava uma chance
Não lhe permitia ir fundo

Um dia estava sentada
Um dia estava dispersa 
Passou na calçada
Passou com pressa 
Não era o antigo amor
Não era o seu pedido
Mas veio como um favor
Mas veio com um olhar temido


Ela se entregou
Ela se envolveu
Do seu passado deixou
Do seu passado morreu


Ele não se entregou
Ele não se envolveu
No seu passado voltou
No seu passado morreu


Agora ela o implora
Agora ela o afronta
Não mais o procura
Não mais o remonta


Nunca mais amou
Nunca mais viveu
Resolveu existir falou
Resolveu morrer sofreu.

                                Carlos Júnior

Nenhum comentário:

Postar um comentário