segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Flutuo


Estou preso a imensidão do seu sorriso
Sorriso metálico no qual resplandece o meu dia
E eu me sinto como se estivesse a flutuar
Picos de alegria e realidade monótona
Contemplo tua chegada
E morro na tua saida
Mas desperto na manhã seguinte
Por você, para poder viver
Na dimensão que estamos, eu e você  
Na mesma realidade abstrata
Da prisão do teu sorriso
Que me liberta para uma vida distante
Procurada a muito tempo pela minha alma
Dificuldade de explicação e compreendimento
Nas explicações de um holocausto desentendimento
Instalados na minha cabeça
E só na minha cabeça ficará.

                                                                                          Carlos Júnior

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morte


Aqui está escuro 
Estou perdido e ninguém segura minha mão 
Não vejo nada está tudo oculto 
Não vejo se quer um botão 

Sinto-me perdido em um labirinto com apenas uma saída 
Minhas mãos estão frias 
Aqui está frio 
Sinto-me só, uma passagem só de ida 

Há dois caminhos, duas portas 
Consigo ver um relógio 2 minutos para eu escolher 
Estou em dúvida 
Não sei, posso me arrepender 

Vou me jogar, vou me atirar 
E ninguém vem me buscar! 
Cadê as pessoas? Cadê o que eu não sei? 
Lamento não ter tentado ficar...

                                                                                          Carlos Júnior


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nada serei



Ainda que eu seja mais maduro a ponto de apodrecer
Ainda que eu esteja apaixonado a ponto de enobrecer
Ainda que eu fale a língua dos anjos a ponto de me converter
Ainda que eu encha o meu coração a ponto de alvorecer
Ainda que eu trabalhe 84 horas por dia a ponto de enriquecer
Ainda que eu compre todos os chocolates do mundo a ponto de te entender
Ainda que eu faça um trato com Deus a ponto de nunca morrer
Ainda que eu lembre de toda minha vida a ponto de me esquecer
Ainda que eu cante as mais belas músicas a ponto de me padecer
Ainda que eu pule mais alto que a lua a ponto de não temer
Ainda que fique o mais lúcido possível a ponto de enlouquecer
Ainda que eu nade pelado no frio a ponto de não tremer
Ainda que eu troveje todo o céu a ponto de não chover
Ainda que eu construa o Cristo Redentor a ponto de ele erguer 
Ainda que eu navegue os sete mares a ponto de conhecer
Sem amor, eu nada vou ser. 

                                                                                          Carlos Júnior

Complexo da vida



Tudo muda
E a vida surda
Que não me escuta
Quando na luta 
Me empurra
Em uma disputa
Toda injusta
E sem conduta
Como uma puta
E vagabunda
Me usa
E quando surta
Tudo muda.


                                                                                          Carlos Júnior


Ainda aqui



O calor me dá frio
O frio me dá calor
Não entendo a minha vida
Acho que isso é amor

Te vejo e tremo
Só te peço um favor
Te afastas de mim
Por que dizem que isso é amor

Não quero sofrer
Nem chorar de dor
De toda maneira
Nem que se fosse amor

A noite nem durmo
De dia é só me recompor
Para mais uma vez
Te dizer meu amor

Que minha vida
Graças ao nosso Senhor
Não teria sentido
Sem o teu amor.


                                                                                          Carlos Júnior

Passar e voltar



Sinto agora
Uma enorme vontade
De pegar meu carro
E passar por sua cabeça

Mas não adianta só passar
Preciso bem mais que isso
Preciso passar e voltar
Não só uma ou duas vezes

Que é pra raiva passar
Que nem meu carro
Passar e voltar
Sem me preocupar

Passar e voltar
Com toda minha raiva
Para poder não voltar
Assim pra casa.


                                                                                          Carlos Júnior

Confusões



Procuro o chão
Me sinto só
Eu e você, e eu apenas só
A dura tragédia, e eu digo não
Confundo a vida, na palma da mão

Faço barulho, e fico queto
Ninguém me olha, moro em um deserto
Tento fingir que estou bem
Eu tô bem
Mal

E nessas palavras 
Me expresso
Minha alma baixa ou alta
Não me escuto, apenas o eco
De algo que sinto falta

Fujo, corro, estou parado
Minhas pernas não me obedecem
Como uma viagem
Sem passaporte
Nem bagagem.


                                                                                          Carlos Júnior


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Carícias Obscenas



Fecho os olhos e me arrepio
Basta um simples toque e meu mundo rodeia
Na junção das batidas dos nossos corações
Nossos corpos na cama se incendeia

Paraliso-te no climax do contexto
Realizando uma fantasia nem me mexo
No auge do amor eu te beijo
Juntamente com carícias mato-te de desejo

Mas tudo que é bom acaba
No gozo do prazer das mãos
Entrelaçadas em um único destino
Muito além da explicação

Te admiro e pelada te vejo
Como uma obra prima um libertador
Para mais uma vez voltar para os teus seios
Eu juro ainda morrer de amor.


                                                                                          Carlos Júnior

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Coisas



Existem coisas que eu repeti
Existem coisas que eu talvez não vi
Existem coisas que eu incrivelmente sofri
Existem coisas que é melhor parti
Existem coisas que passei e sobrevivi
Existem coisas que eu prefiro ri
Existem coisas que por sorte escondi
Existem coisas que apenas senti
Existem coisas que ainda não li
Existem coisas que eu sei que escrevi
Existem coisas que eu guardei pra ti
Existem coisas que eu acredite menti
Existem coisas que recebi e não abri
Existem muitas coisas, melhor parar por aqui.


                                                                                          Carlos Júnior
                                                                                          

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Começo



Estou no começo
De ter um apreço
Será que mereço
Tanto desprezo?

E se começo
Nem amanheço
Mudarei de endereço
Para não ficar preso

Nesse preço
Que nem agradeço
Por ser tão expeço 
Com o cigarro ainda aceso 

E se desapareço
Nem envelheço 
Que nem um tropeço 
Volto para o começo.

                                                                                          Carlos Júnior


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ao Amor


Sentado estava, pensando no amor
Nesse sentimento egoísta
E você me falara que outro ja estava amando
Fui levando, eu fui altruísta.
Sem nenhum medo de arriscar a vida
Consciente do que faria 

E de um alto de um penhasco me vi
Cego de amores morri 
Caindo no lago 
Não pulei nem fugi  
Meu corpo voou como um homicida  
Em poucos segundos minha vida como um filme veria.

Isso tudo porque você me falou
Que não eu amava
Foi feito exatamente assim 
E totalmente referto eu estava
Com esse viver de amor
A ponto de mergulho sem fim.

                                                                                          Carlos Júnior